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domingo, 26 de janeiro de 2014

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - O NORMAL E O PATOLÓGICO



Atualmente, as dificuldades de aprendizagem se tornaram foco de interesses de professores e pais, sendo cada vez mais discutidas e investigadas. Por causa desse crescente interesse no tema, a patologização de alguns comportamentos vem sendo comum. Faz-se necessário discutirmos a diferença entre o comportamento consideradonormal problemático e o anormal.
Para o professor, que lida constantemente com as dificuldades de aprendizagem, é importante estabelecer parâmetros e critérios de avaliação. Percebe-se que é comum o professor comparar o desenvolvimento da criança com o de outras da mesma classe ao avaliar um problema de aprendizagem, tendo sempre o outro como parâmetro. Porém, é preciso ficar atento ao progresso da criança em relação a fases anteriores, comparando-o com suas próprias habilidades e capacidade em momentos anteriores.
Para que consiga atuar dessa forma, o professor precisa ter conhecimento sobre as características específicas de cada fase de desenvolvimento da criança e acompanhá-la em sua evolução.
Alguns fatores são essenciais para que a criança obtenha um bom desenvolvimento, como um ambiente favorável e equilibrado, no qual possa receber amor, atenção e que lhe permita satisfazer as necessidades básicas próprias de cada fase. Quando a criança é desprovida desse ambiente e das condições citadas, ocorre um desequilíbrio, que pode vir a gerar comportamentos problemáticos e até patológicos.
Esses comportamentos geralmente atingem as relações da criança com o meio que a cerca, sendo perceptíveis dificuldades emocionais, sentimentos de rejeição e ansiedade e, muitas vezes, regressão do comportamento.
Quando essas manifestações se agravam, incluindo situações de pânico, isolamento, agitação ou sonolência excessiva, considera-se o quadro como anormal ou patológico. O quadro patológico pode ter como origem o fator genético (quando provém da criança) e/ou o fator social (quando provém do ambiente).
Por isso, antes de avaliar a criança, é necessário observar os comportamentos referentes à idade em que ela está, sua constituição familiar, seu ambiente social, aspectos físicos do desenvolvimento, entre outros fatores importantes.
É sempre válido possibilitar uma observação multiprofissional do comportamento da criança, ou seja, recorrer ao olhar de outros profissionais a fim de complementar a avaliação do comportamento.
O professor deve ficar atento à permanência das características apresentadas pela criança, pois, muitas vezes, podem ser temporárias, decorrentes de situações específicas, e desaparecer. A princípio, as mudanças ocorridas geram uma desestabilidade na criança, mas devem ser superadas e resultar em crescimento.
O professor pode e deve auxiliar a criança em situações novas e difíceis, como a entrada na escola, o nascimento de irmãos, separação de pais, morte de familiares, entre outras.
Referências
JOSÉ, Elisabete da A.; COELHO, Maria Tereza. Problemas de aprendizagem. São Paulo: Ática, 2006.