O ministro da Educação, Henrique Paim,
afirmou nesta terça-feira, 27, que a formação de professores é o foco de
atuação do MEC. "Vamos dar prioridade à formação de professores no
Brasil", disse. "Todo o esforço do Ministério da Educação será o de
organizar um sistema de formação de professores."
Paim participou, à noite, do Fórum Extraordinário da União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em Florianópolis. O evento, que
reúne mais de mil representantes de municípios brasileiros, segue até
sexta-feira, 30.
Em 2013, o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica
(Parfor) chegou a 70.220 professores matriculados. O sistema Universidade
Aberta do Brasil (UAB) registrou 246.502 matrículas e mais de 90 mil
concluintes. Ambos são promovidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes) do MEC. Ainda em 2013, o Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) concedeu 90.254 bolsas.
O número é mais de seis vezes superior ao registrado em 2009, de 13.694 bolsas.
"Qualquer solução para a melhoria da educação básica brasileira passa
necessariamente pela formação de professores", ressaltou Paim.
O ministro destacou ainda o aumento de oportunidades para a formação de
docentes com a expansão das instituições federais de educação superior, com o
Programa Universidade para Todos (ProUni) e com o Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies). "Temos um crescimento importante dos investimentos em
educação", salientou. "Se olharmos o orçamento do MEC, tivemos um
crescimento expressivo." O orçamento do Ministério da Educação chegará a
R$ 112 bilhões em 2014.
Avanço — A criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi lembrada como um
avanço na área por reduzir a desigualdade no investimento realizado por estados
e municípios. "Com o Fundeb, construímos um novo padrão de financiamento
da educação básica a partir de sua criação", disse o ministro.
Paim ressaltou também os resultados de outras iniciativas, como o
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que já repassou mais de R$ 10
bilhões a instituições de ensino, e o Plano de Ações Articuladas (PAR), que
investiu em educação R$ 12,5 bilhões entre 2011 e 2013.