A educação a distância vem crescendo rapidamente em todo o mundo.
Incentivados pelas possibilidades decorrentes das novas Tecnologias da
Informação e das Comunicações – TICs e por sua inserção em todos os processos
produtivos, cada vez mais cidadãos e instituições veem nessa forma de educação
um meio de democratizar o acesso ao conhecimento e de expandir oportunidades de
trabalho e aprendizagem ao longo da vida.
De forma simples,
educação a distância significa educação independente de
distâncias. Assim, considera-se que a diferença básica entre educação
presencial e a distância está no fato de que, nesta, o aluno constrói
conhecimento – ou seja, aprende e desenvolve competências, habilidades, atitudes
e hábitos relativos ao estudo, à profissão e à sua própria vida, no tempo e
local que lhe são adequados, não com a ajuda em tempo integral da aula de um
professor, mas com a mediação de professores (orientadores ou tutores), atuando
ora a distância, ora em presença física ou virtual, e com o apoio de sistemas
de gestão e operacionalização específicos, bem como de materiais didáticos
intencionalmente organizados, apresentados em diferentes suportes de
informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados através dos
diversos meios de comunicação.
O
compromisso ético daquele que educa a distância é o de desenvolver um projeto
humanizador, capaz de livrar o cidadão da massificação, mesmo quando dirigido a
grandes contingentes. Para isso, é preciso ter como foco a aprendizagem do
aluno e superar a racionalidade tecnológica que valoriza meios em detrimento
dos fins.
A
superação da racionalidade tecnológica, todavia, exige domínio das linguagens e
tecnologias e abertura para a mudança de modelos “presenciais”, no que diz
respeito a aspectos culturais, pedagógicos, operacionais, jurídicos,
financeiros, de gestão e de formação dos profissionais envolvidos com a
preparação e implementação dos cursos a distância.